segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O chorão

Hoje, o vice-presidente dos laranjas, de seu nome Marco António que segundo parece também é ministro de uma pasta cujo nome neste momento se me escapa inaugurou a Universidade de Verão do PSD. Não sei bem o que é isso de Universidade de Verão mas parece coisa importante porque, segundo o noticiário, passarão por lá a dar aulas ou conferências (ou as duas coisas) luminárias de diversos partidos, da extrema-esquerda à esquerda convencional. Só não percebo é porque, sendo uma coisa assim tão importante se pôs com aquele tom de bebé chorão a culpar os outros porque durante estes três anos, o seu partido (ou o governo, não sei bem, porque nestas coisas é difícil destrinçar os dois e saber quem é quem) não fez outra coisa senão remendar (não garanto que tenha sido esse o verbo utilizado) o que os outros estiveram a destruir. Os outros – entenda-se – são os seguidores do pensamento socrático à portuguesa rosa. E continuou naquele tom lamuriento, dizendo-se esperançado que os eleitores lhes darão pelo menos mais quatro anos para prosseguirem o rumo traçado. Lembrei-me logo das minhas filhotas quando ainda eram pequenas e das traquinices que faziam aos bebés chorões que a prima teimava em lhes dar pelos Natais. A menos que, mostrando-se chorão, este Marco António esteja a tentar esconder que, em termos de governação, imita na perfeição o outro (o original, como diria o Mourinho) Marco António. Apenas para relembrar os factos históricos, recorde-se que, desastroso na governação da Itália, Marcus Antonius que se via já sucessor do assassinado Iulius Caesar, viu-se suplantado por um recém-chegado de seu nome Octavianus Augustus. E olhem que a história não costuma perdoar


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