O
Expresso (1) interroga-se se devemos deixar de mostrar as imagens
que os jihadistas divulgam. Há respostas para todos os gostos. Uns dizem que a
informação deve ser livre e, portanto, sem entraves, outros que deve haver
contenção na divulgação de imagens de violência gratuita ou não, outros que
isto, outras que aqueloutro. Não há dúvida de que não é por escondermos a
cabeça na areia como a avestruz que o mal desaparece e que uma imagem vale mais
que mil palavras. Mas talvez precisamente por sabermos tudo isso é que convinha
não esquecer um outro parâmetro importante neste século conturbado – os
terroristas (sejam eles quais forem) estão envolvidos numa guerra, logo são
inimigos daqueles contra quem a sua acção é dirigida. E também sabemos que a
guerra se trava em diversas frentes não sendo menor a das imagens. Então aqui
tem de entrar a estratégia, sem esquecer que em tempo de guerra há certos
direitos tidos como inalienáveis (entre eles o da informação) que, por motivos
de segurança, são suspensos temporariamente. É a versão moderna do dilema do
prisioneiro.
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