Hoje
choveu a bom chover. Lisboa transformou-se numa nova Veneza. As ruas
transformaram-se em canais. Em coisa de minutos, as nuvens viraram gigantescos
elefantes, despejando sobre a urbe trombas e trombas de água. Mas parece que
tal como rapidamente inundaram alegremente as ruas, também com celeridade as
abandonaram, caminho do Tejo. Calculem-se os estragos e transtornos. E como em
geral sucede, de novo assistimos à repetição da síndroma de Adão: não fui eu,
foi ela, não fui eu, diz ela, foi a serpente… Que é como quem diz: preparada a
cidade até estava, dizem os edis, mas o IPMA (Instituto Português do Mar e da
Atmosfera, sucedâneo do Instituto Meteorológico – esta mania de “complificar”
as designações…” não nos alertou. Que é como quem diz: a culpa é sempre dos
outros. E, como diz o povo, quem se lixa é o mexilhão, neste caso os munícipes
e os transeuntes. Por cá (por Loures) não se sentiu a chuva com tanta
intensidade. E vem-me à memória a tragédia que foi 25 de Novembro de 1967 (http://w3.ualg.pt/~jdias/GEOLAMB/GAn_Casos/Lisboa1967/GA35sup1967_CheiasLisboa.html).
Na época, por onde andei também não pareceu que tivessem chovido tantos
estragos. O mesmo não disseram os afectados de então. Alguém empresta-me um
barco?
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